segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

É BOM VIVER!

Ao meu lado, na cama do hospital, jaz um senhor quase totalmente paralítico, obrigado á hemodiálise e com água no pulmão. Fico impressionado pelo carinho com que a esposa cuida dele, totalmente dedicada, com serenidade, ajudando os enfermeiros a prepará-lo para o banho. Isto enquanto está internato, mas é uma história que começou e continua em casa há nove anos, devido a um derrame! Poderíamos falar da fidelidade conjugal, do heroísmo do amor, mas penso neste momento à preciosidade da Vida, ao esforço que se faz para preservá-la ainda que precariamente e, por contraste, à violência, à miséria, que tiram tantas vidas sadias e fortes no meio de nós e no mundo inteiro. Não são somente os grandes gestos, as grande obras que  ajudam a preservar avida. A falta que faz um investimento  maior pelas autoridades públicas no campo da saúde é lamentável, mas quantos bilhões de  dinheiro seriam economizados se todo parasse de fumar e não precisasse de hospital para problemas pulmonares e de circulação! Quantos bilhões seriam economizados se não houvesse tanto exagero na bebida e não precisasse  tratar de tantas cirroses! E assim por diante!
Sobraria dinheiro para tratar daquelas doenças que chegam sem culpa de ninguém e sobraria dinheiro para aliviar, confortar e alegrar as pessoas enfraquecidas pela inexorável avançada da idade!
Nestes dias de hospital fiz também uma grande descoberta que posso melhor entender por meio da minha fé cristã (católica, evangélica ou espírita). San Paulo, nas suas cartas, afirma que o nosso sofrimento, completa (sim , intenderam?: completa!) o sofrimento e  a cruz de Cristo pela Redenção do mundo Isto significa que todo sofrimento, físico ou psicológico, oferecido a Deus, colabora com a obra de redenção de Jesus e a completa nos seus membros místicos que somos nós. Isto significa que nenhum sofrimento, doença ou perda, são inúteis: ficar doente não é tempo perdido. Isto, teologicamente, significa também, que Cristo, é, sim, o único Redentor e Salvador, mas não sozinho, e sim, junto com nós, colaboradores da Redenção.


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