quinta-feira, 5 de março de 2015

AS SOBRAS


Hoje, 05 de Março 2015,três mil famílias do Movimento Sem Terra (MST),começam a deixar, por ordem judicial,  sob os olhos da polícia, a fazenda Santa Mônica, do senador Eunício de Oliveira (PMDB). Eis aqui a crônica do jornal O Popular: “Fim da tarde. Por do sol à vista. Da carroceria de um caminhão, famílias descarregam camas e roupas numa área à beira de BR-060,na altura do km 47, em Alexânia, na região leste de Goiás  É neste local que  elas começam a instalar um novo acampamento, depois de serem retiradas de uma parte da Fazenda Santa Mônica de propriedade do Senador Eunício de Oliveira (PMDB-Ceará), ocupada há cinco meses”.  É terrível o que está acontecendo em nome da lei. A fazenda santa Mônica tem 20 mil hectares, e o senador é dono de outras várias fazendas. Os sem terra não possuem nada e só querem um pedacinho de chão para sustentar a família. A justiça do homem não é a justiça de Deus, mas é por esta  que o senador será julgado. Para entender o tamanho da “injustiça” cometida pela justiça humana, vamos ler no Evangelho de Lucas a parábola do pobre Lázaro:-“  Havia um homem um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e dava banquete todos os dias. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caiam da mesa do rico. E ainda vinham os cachorros lamber-lhe as feridas. Aconteceu que o pobre morreu, e os anjos om levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. No inferno em meio aos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro a seu lado. Então o rico gritou:” Pai Abraão tem pena de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar  a língua porque este fogo me atormenta”. Mas Abraão respondeu: “Lembre-se, filho: você  recebeu seus bens durante a  vida, enquanto Lázaro recebeu males. Agora porém, ele encontra consolo aqui, e você é atormentado. Além disso há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem daí poderiam atravessar até nós” (Lucas 16.19-26). Para o senador sobra terra e dinheiro, enquanto os lavradores sem terra não recebem nem as migalhas  das suas riquezas. Quem defenderá o senador, quando daqui há poucos anos, se apresentará diante de Deus?

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