segunda-feira, 14 de abril de 2014

A CARNE FERIDA DE CRISTO


No sábado, 12 de abril. No Centro Cultural Caravideo,  aconteceu uma assembleia de formação sobre o Tráfico Humano, organizada pela CRB ( Conferência dos Religiosos do Brasil) e o  “Movimento: um grito pela vida!”. Na mesa estavam representantes de órgãos do Governo, inspetor da Polícia federal, de ONG , de departamentos de psicologia da PUC: público de umas cem pessoas. Eu estava lá dando uma força  representando a  Caravideo e fiquei impressionado pelos relatórios sobre a extensão e a crueldade do tráfico de pessoas: trabalho escravo, exploração sexual, venda de órgãos para transplante, tragédia das drogas. As várias exposições podiam ser comparadas a uma mão dura e implacável, que te pega pelo peito e te sacode até você cair no chão. Porque a sociedade não acorda? Porque os pais não abrem os olhos? Porque as autoridades  não agem? Porque este grito da igreja é destinado a enfraquecer e possivelmente desaparecer depois de terminado o período quaresmal da Campanha da Fraternidade? Em realidade o “Grito pela vida” da CRB  é uma das poucas iniciativas concretas na cidade de Goiânia. Me alegrei muito em ouvir, entre os expositores, a palavra de um pastor evangélico, presidente de uma ONG, porque o problema do tráfico humano deve ser enfrentado ecumenicamente, em conjunto com todas as forças vivas das igrejas e da sociedade. Reparem a força destas palavras de papa Francisco, pronunciadas há poucos dias, sobre o problema do tráfico humano: “...é necessário um gesto das igrejas e das pessoas de boa vontade, para gritar: Basta! O tráfico de seres humanos é uma chaga no corpo da humanidade, uma ferida na carne de Cristo, um crime contra a humanidade... desejamos estratégias e competência, coadjuvadas pela compaixão evangélica pelos homens e pelas mulheres vítimas de crime”( Roma 10/4/14)

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